14 de novembro de 2009

FRASE DO DIA

Todas as células provêm de outras células.” - Rudolf Virchow, 1858

CURIOSIDADE

Foram os atributos físicos da estrela norte-americana Dolly Parton que inspiraram o nome da ovelha Dolly.

SABIA QUE ...?

Cada célula do corpo humano contém cerca de dois metros de DNA? E que, se todo o DNA de todas as células de um ser humano fosse distendido, poder-se-ia ir e vir á Lua 8000 vezes?

CLONAGEM: A OVELHA DOLLY JÁ ERA.

Dolly, a ovelha clonada há um ano e meio, passou á história, Agora, o último grito dos cientistas é clonar ratos – tarefa até há poucos anos considerada uma loucura, porque as células do óvulo daquele roedor são extremamente delicadas e o embrião desenvolve-se muito rapidamente. Teruhiko Wakayama, 31 anos, estudante de pós-doutoramento da Universidade do Hawai, conseguiu o que parecia impossível: trabalhando durante os tempos livres, clonou ratinhos (com uma taxa de êxito de 3%) e, a partir dos clones, voltou a clonar mais ratinhos – peças e mais peças de único molde, como numa linha de montagem. A técnica difere em dois pontos-chave do processo desenvolvido para a Dolly. Primeiro, em vez de usar choques eléctricos para “persuadir” uma célula adulta a ligar-se a um óvulo cujo núcleo foi removido, o japonês injectou apenas o núcleo da célula adulta num óvulo- hospedeiro, sem núcleo. Segundo, deixou a célula híbrida repousar durante seis horas antes de a estimular para começar o processo de divisão. Os cientistas creêm que esta técnica poderá abrir as portas para o desenvolvimento de tratamentos contra o cancro e as doenças do envelhecimento. Os mais cépticos acreditam que esta foi a última porta que se abriu antes da clonagem de seres humanos.


In Visão, 6 de Agosto de 1998

8 de novembro de 2009

PRÉMIO NOBEL DA QUÍMICA 2009


A Academia Sueca distinguiu este ano com o Prémio Nobel da Química três investigadores "pelos estudos da estrutura e função dos ribossomas".
Os ribossomas traduzem a informação do ADN para produzirem proteínas, sendo portanto  indispensáveis para a vida. Os três investigadores mostraram como é este organelo e como funciona ao nível atómico através do processo de *cristalografia por raio X para mapearem a posição para cada um dos centenas de milhares de átomos que o compõem.
Dentro de cada célula de todos os organismos há moléculas de ADN que contêm informação sobre como vão ser e funcionar os seres humanos, as plantas ou as bactérias. Porém essas moléculas só por si não valem nada e, deste modo, a informação nelas contida precisa de ser transcrita e traduzida para ser transformada em algo real (tarefa dos ribossomas). A partir das moléculas de ADN, eles sintetizam proteínas: hemoglobina, anticorpos, hormonas, colagénio ou enzimas. Há dezenas de milhares de proteínas no corpo com diferentes formas e funções. São elas que constroem a vida a um nível químico.
A compreensão do funcionamento dos ribossomas tem-se revelado cada vez mais importante, já que muitos dos antibióticos usados hoje em dia actuam através do bloqueio da actividade dos ribossomas bacterianos. Sem ribossomas funcionais, a bactéria não consegue sobreviver. 
Os três laureados deste ano com o Prémio Nobel da Química mostraram através de modelos tridimensionais de que forma diferentes antibióticos se ligam ao ribossoma. Estes modelos são usados hoje para desenvolver novos antibióticos que vão salvar muitas vidas.


*cristalografia: é a ciencia experimental que estuda a disposição dos átomos em sólidos.